CENTRO DE SAÚDE DE VILA VIÇOSA VAI SER REALIDADE EM 2007 ...
Em entrevista concedida à rádio Campanário – Voz de Vila Viçosa, foi apontado como o ano de 2007 para o arranque do novo Centro de Saúde em Vila Viçosa.
Passamos a transcrever a entrevista efectuada. Sendo participantes na mesma:
RC – Rádio Campanário – Voz de Vila Viçosa – Eduardo Almeida
FC – Francisco Chagas
M – Dr. Martinho – ARS
RC – Uns dos temas que éramos para abordar com Francisco Chagas, era precisamente: se está previsto para breve, esta questão do Centro de Saúde de Vila Viçosa que tanta controvérsia tem gerado, ... convinha ser da sua parte como membro da Comissão Local do Partido Socialista pronunciar-se sobre isso.
FC – A análise que a Comissão Política e o Secretariado tem feito sobre este assunto é muito especial, ou seja, há necessidade de actuação a nível do Concelho e conforme foi dito pelo Almeida e há uma parte que diz respeito à ARS. Aqui eu fiz uma deslocação a Évora, tentei e consegui falar com a Senhora Presidente para que pudesse esclarecer dentro do possível de tudo o que se está a passar quanto ao Centro de Saúde de Vila Viçosa, mas, porque há um ditado popular que diz “quem conta um conto aumenta-lhe um ponto” eu não quero, efectivamente transmitir directamente, tudo aquilo que falei e ouvi nessa reunião e pedi à Senhora Presidente da possibilidade de ser um elemento a transmitir, o qual ela disponibilizou para que o Dr.º Martinho estivesse presente. Combinamos, efectivamente esta transmissão em directo, para falar sobre essa área, porque acho que nada melhor do que ele próprio que está por dentro dos assuntos, possa transmitir o que é que se passa.
RC – E é precisamente com o Dr. Martinho que estamos em directo. Dr. muito bom dia. Obrigado por ter acedido ao convite. Concretamente Dr. poderá transmitir novas para o Concelho de Vila Viçosa, sobre o nosso Centro de Saúde
M – Novas, como sabe na saúde está a haver uma série de alterações, constituição de unidades de saúde familiares, reestruturação de toda a sub-região implica que os centros de saúde vão ter uma dinâmica diferente e isso implica que a área onde vocês pertencem, que é uma área nobre, que é a área dos mármores, com os seus problemas muito grandes, inclusive de acidentes de trabalho, pensou-se e está definido já, fazer um agrupamento, agrupamento chamado a área dos mármores, onde inclui, Borba, Vila Viçosa e Estremoz.
RC – O Alandroal não fica nessa área?
M – O Alandroal neste momento não fica nesta área. Porque o Alandroal criou raízes, muito ligadas ao Hospital de Elvas e portanto há uma certa dificuldade de tentar integrar. A integração é progressiva. Estamos numa primeira fase em que os três Centros de Saúde que eu citei e que até fazem algum trabalho em conjunto no serviço de urgência de Estremoz, porque há médicos e enfermeiros a fazer trabalho nesse sentido, justificava neste momento criar-se uma unidade, até porque há alguns problemas a nível de gestão e ao tentar-se ter uma autonomia administrativa de certa maneira, mas fundamentalmente financeira, implica que se constitua Centros de Saúde grandes ou agrupamentos de Centros de Saúde de maneira a permitir ter técnicos capazes de resolver esse problema, e é nessa base que se propôs já há algum tempo, não é da semana passada, a proposta definitiva feita ao Senhor Ministro para se fazer o agrupamento dos três Centros de Saúde com gestão diferenciada.
RC – Essa gestão diferenciada, portanto, cada sede de concelho ficaria com o seu centro de saúde, assim vulgarmente, ou unidade de saúde?
M – Primeiro não se vai perder o Centro de Saúde, nem vai haver um centro de saúde da área dos mármores, vai haver o Centro de Saúde de Borba, vai haver o Centro de Saúde de Vila Viçosa e vai haver o centro de Saúde de Estremoz, vai haver é uma gestão dos três Centros de saúde. Ninguém vai perder a identidade e a questão do Centro de Saúde de Vila Viçosa poder evoluir e está pensado e projectado não para este ano mas para o ano que vem a construção do novo Centro de Saúde, isso é um dado adquirido.
RC – Podemos confirmar que em 2007 vila Viçosa arranca com o novo Centro de Saúde?
M – Exacto, e ainda este ano vão ter uma série de serviços, ou melhoria da qualidade de serviços. Há uma que nós já introduzimos foi a terapêutica da anti - coagulação oral por via on line que neste momento todos os doentes de Vila Viçosa deixam de se deslocar ao hospital e fazem no seu próprio Centro de Saúde o controlo e vamos ter ainda este ano, no segundo semestre, todo o Centro de Saúde informatizado com consultas e receituário por computador.
RC – Dr. já que tocou na questão da gestão unificada, depois com esse agrupamento desses três Centros de Saúde, será esse o motivo que levou o actual director do Centro Saúde Dr.º José Charrua a pedir a demissão, ele diz na sua carta, enviada aos funcionários, “tenho verificado que uma parte dos meus superiores hierárquicos não me tem prestado a devida solidariedade institucional em sucessivas situações”. Dr. quer comentar sobre esta questão se for possível?
M – Ele depende fundamentalmente da sub-região, directamente, e depois por última instância da região. Em relação á sub-região o que lhe posso afirmar é que tudo as necessidades do Centro de Saúde postas á sub-região foram sempre resolvidas portanto não há nenhuma conflitualidade directa ou indirecta entre o Dr. Charrua e a sub-região. Eu penso que terá problemas adquiridos na gestão anterior e até da questão da feira da saúde que lhe traz um certo conflito com o presidente da câmara, actualmente existente, mas que não tem nada a ver com a saúde ele está a utilizar termos e situações de conflitualidade que não tem a ver com a saúde. A saúde nunca lhe pôs obstáculos, nunca lhe criou situações que inviabilizassem o trabalho no Centro de Saúde. O Centro de Saúde tem tido tudo o que é necessário neste momento e possível para as suas funções. É evidente que ao haver a criação e que já foi proposta á mais de um mês, de uma área conjunta é evidente que isso imporia a probalidade de criar um gestor diferenciado e que provavelmente ele não seria o gestor indicado.
RC – Portanto é mais uma questão política, Dr.?
M – Eu penso que sim, que ele se agarrou a uma questão política, para fazer uma justificação de uma situação. Penso que quando se trabalha em saúde, a política, deve ficar para traz, os interesses da população e dos utentes estão sempre á frente das nossas actividades, primeiro os utentes e depois fica o resto, não é. Porque quando se trabalha em saúde é evidente que temos temos uma atitude política quando agente faz um projecto que o governo manda, ou que o Sr Ministro manda estamos a ter uma atitude política agora não podemos ser apolíticos dentro da área da saúde.
RC – Dr para terminarmos a sua intervenção, eu não sei se querem colocar alguma questão, mas sobre o projecto que foi lançado na sexta-feira apresentado pelo governo do Eng. José Sócrates na área da saúde, prevê-se que até 2016 os concelhos alentejanos possam vir a ser integrados neste projecto de apoio aos acamados?
M – Já começámos, este ano vão começar três unidades. É assim, nós temos que aproveitar aquilo que temos, nós fomos os primeiros a trabalhar com os cuidados continuados, criando quatro unidades de internamento, apoio domiciliário integrado, que Vila Viçosa tem e muito bem em parceria com a Misericórdia, agora é evidente que temos dez anos para definir as necessidades de camas. Misturar até, porque não temos o número de efectivos, não temos as pessoas que têm necessidade de apoio continuo. Toda esta área que neste momento vamos aproveitar já ás três instituições que estão mais avançadas para o ano e anos seguintes vai ser reestruturado todo o distrito de Évora criando condições para que em todo o lado se defina áreas que são muito diferentes, uma de convalescentes que ficará no hospital de Évora, como é evidente, porque depende do serviço do hospital, mas as de média duração terão que ter fisioterapia para recuperar e as de longa duração e até mesmo os cuidados paliativos, que é muito importante, que nós andamos já a formar pessoas para tratar os doentes em estado terminal, que tem que ter uma certa dignidade nos últimos dias de vida e portanto, está a ser tudo reestruturado e quer Vila Viçosa, quer Borba, quer Estremoz, vão ter as suas unidades diferenciadas, agora tudo depende do estudo que vai ser feito, qual delas é que será a mais indicada para Vila Viçosa.
RC – Sr Dr. muito obrigado pela sua intervenção, no entanto eu deixava ao Francisco Chagas e ao Geraldo Gazimba ou Luís Calado alguma questão que queiram colocar ao Dr. Martinho.
FC – Da minha parte quero agradecer ao Dr. Martinho, essencialmente a questão que ele abordou da construção da nova unidade do Centro de Saúde, é deveras bastante importante e agradecer-lhe a sua participação. Muito obrigado.
Geraldo Simão – Eu também queria agradecer ao Dr. Martinho a disponibilidade que teve, mas também aproveitava para lhe fazer uma pergunta que é a seguinte: como sabe no Centro de Saúde de Borba não há serviço de atendimento permanente, os doentes são encaminhados para o Centro de Saúde de Estremoz, os médicos do Centro de Saúde Borba fazem o horário sap e do Centro de Saúde de Estremoz, com o agrupamento dos centros de saúde, Vila Viçosa poderá mais tarde vir a perder o se sap a favor do Centro de Saúde de Estremoz?
M – Não, não vamos fechar sap’s nenhuns, vamos reorganizar como está definido na lei, os sap’s vão deixar de chamar sap’s e vamos ter uma actividade diferente, vamos ter consultas abertas durante o dia e provavelmente, até uma determinada hora que eu considero que é muito importante, que é chamada a hora pós laboral. A maior parte das pessoas, quer homens, quer mulheres trabalha e quando saem do emprego é que têm mais necessidade de apoio para quando chegarem a casa e encontrarem a família, os filhos, os avó, os pais doentes têm uma necessidade de apoio maior e portanto terá que haver um atendimento fora dessas horas. Os sap’s com o nome que existe, não fazem parte da lei do serviço de urgência mas os Centros de Saúde vão ter que estar abertos e manter aquilo que vocês hoje chamam sap’s, chama-se uma consulta aberta, de maneira que todos os doentes possam ser atendidos e aquilo que nós estamos a reestruturar e organizar os serviços em que as respostas sejam dadas não ao fim do mês como ás vezes se consegue as consultas, mas que haja resposta no máximo nas quarenta e oito horas, ou seja, um doente apresenta-se a um local para ser atendido e tem que ter uma resposta rápida e não pode estar á espera de um mês pela consulta.
RC – Pronto, Sr Dr. muito obrigado. Foi assim as palavras do Dr. Martinho da sub - coordenação da região de saúde quem esclareceu este encerramento, que afinal não se vai dar, do Centro de Saúde em Vila Viçosa ao contrário do que vinha escrito no comunicado.
RC – Dr. Francisco Chagas, satisfeito certamente com esta noticia?
FC – Claro, satisfeitíssimo mas há aqui um pormenor que eu tenho que realçar: ouvimos da boca de uma pessoa com responsabilidade da ARS, mas é preciso que as pessoas fiquem cientes do seguinte vamos ter como referido, para o ano seguinte uma estrutura nova, mas vou fazer uma afirmação, que talvez muita gente não vai gostar, mas esta afirmação que eu vou fazer vai prender-se com uma questão política: que é a falta de vontade política deste executivo na intenção da construção desse centro de saúde, ora quando eu digo isto, vou aqui fazer uma ressalva, que todas as minhas afirmações são baseadas em dados concretos, em números ou em afirmações transcritas ou escritas em documentos, quando eu falo nisto verifico o seguinte ... sei pelo menos que o dono da obra poderá ser a autarquia, não significa que o projecto seja da responsabilidade da autarquia, não significa que o equipamento seja fornecido pela autarquia, mas o dono da obra poderá ser a autarquia, aparece a autarquia na sua execução e comparticipado pela ARS na sua totalidade, significa a cem por cento. Quando eu fiz esta afirmação não foi por mero acaso e verificamos o seguinte: não pode ser visível, mas pode ser lido nos documentos da nossa autarquia, existe o chamado grandes opções do plano o qual faz parte o plano plurianual de investimento que tem diversos objectivos, um dos objectivos é o dois, dois, que é relacionado com a saúde onde esse objectivo pode prever diversas construções como sendo por exemplo um centro de saúde, um centro de acamados, extensões do centro de saúde, etc., o que nós verificamos nas grandes opções do plano, nomeadamente no ppi – plano plurianual de investimento deste executivo para o ano 2006 é que não há lá rigorosamente nada, relacionado com a construção do centro de saúde. Ainda bem que ouvimos estas palavras, haverá outra metodologia na construção do centro de saúde, mas aqui, volto a referir não há intenção absolutamente nenhuma em relação ás grandes opções do plano nomeadamente no plano plurianual de investimento deste executivo, nem para este ano nem para os quatro anos seguintes a construção do centro de saúde...aproveitaria para pedir se for ripostada esta afirmação que seja com dados concretos, por vezes as pessoas falam só por falarem, e mais adiante terei ocasião de apresentar situações que aqui foram faladas aos microfones da rádio campanário que não coincidem com a verdade ... há necessidade de verificar que quem está a perder com esta situação são os munícipes do concelho de Vila Viçosa, verifica-se efectivamente uma incompatibilidade do ex – director do Centro de Saúde de Vila Viçosa com o poder local na estratégia de linha de acção quanto á saúde no concelho de vila viçosa...
CENTRO DE SAÚDE DE VILA VIÇOSA VAI SER REALIDADE EM 2007 ...
Passamos a transcrever a entrevista efectuada. Sendo participantes na mesma:
RC – Rádio Campanário – Voz de Vila Viçosa – Eduardo Almeida
FC – Francisco Chagas
M – Dr. Martinho – ARS
RC – Uns dos temas que éramos para abordar com Francisco Chagas, era precisamente: se está previsto para breve, esta questão do Centro de Saúde de Vila Viçosa que tanta controvérsia tem gerado, ... convinha ser da sua parte como membro da Comissão Local do Partido Socialista pronunciar-se sobre isso.
FC – A análise que a Comissão Política e o Secretariado tem feito sobre este assunto é muito especial, ou seja, há necessidade de actuação a nível do Concelho e conforme foi dito pelo Almeida e há uma parte que diz respeito à ARS. Aqui eu fiz uma deslocação a Évora, tentei e consegui falar com a Senhora Presidente para que pudesse esclarecer dentro do possível de tudo o que se está a passar quanto ao Centro de Saúde de Vila Viçosa, mas, porque há um ditado popular que diz “quem conta um conto aumenta-lhe um ponto” eu não quero, efectivamente transmitir directamente, tudo aquilo que falei e ouvi nessa reunião e pedi à Senhora Presidente da possibilidade de ser um elemento a transmitir, o qual ela disponibilizou para que o Dr.º Martinho estivesse presente. Combinamos, efectivamente esta transmissão em directo, para falar sobre essa área, porque acho que nada melhor do que ele próprio que está por dentro dos assuntos, possa transmitir o que é que se passa.
RC – E é precisamente com o Dr. Martinho que estamos em directo. Dr. muito bom dia. Obrigado por ter acedido ao convite. Concretamente Dr. poderá transmitir novas para o Concelho de Vila Viçosa, sobre o nosso Centro de Saúde
M – Novas, como sabe na saúde está a haver uma série de alterações, constituição de unidades de saúde familiares, reestruturação de toda a sub-região implica que os centros de saúde vão ter uma dinâmica diferente e isso implica que a área onde vocês pertencem, que é uma área nobre, que é a área dos mármores, com os seus problemas muito grandes, inclusive de acidentes de trabalho, pensou-se e está definido já, fazer um agrupamento, agrupamento chamado a área dos mármores, onde inclui, Borba, Vila Viçosa e Estremoz.
RC – O Alandroal não fica nessa área?
M – O Alandroal neste momento não fica nesta área. Porque o Alandroal criou raízes, muito ligadas ao Hospital de Elvas e portanto há uma certa dificuldade de tentar integrar. A integração é progressiva. Estamos numa primeira fase em que os três Centros de Saúde que eu citei e que até fazem algum trabalho em conjunto no serviço de urgência de Estremoz, porque há médicos e enfermeiros a fazer trabalho nesse sentido, justificava neste momento criar-se uma unidade, até porque há alguns problemas a nível de gestão e ao tentar-se ter uma autonomia administrativa de certa maneira, mas fundamentalmente financeira, implica que se constitua Centros de Saúde grandes ou agrupamentos de Centros de Saúde de maneira a permitir ter técnicos capazes de resolver esse problema, e é nessa base que se propôs já há algum tempo, não é da semana passada, a proposta definitiva feita ao Senhor Ministro para se fazer o agrupamento dos três Centros de Saúde com gestão diferenciada.
RC – Essa gestão diferenciada, portanto, cada sede de concelho ficaria com o seu centro de saúde, assim vulgarmente, ou unidade de saúde?
M – Primeiro não se vai perder o Centro de Saúde, nem vai haver um centro de saúde da área dos mármores, vai haver o Centro de Saúde de Borba, vai haver o Centro de Saúde de Vila Viçosa e vai haver o centro de Saúde de Estremoz, vai haver é uma gestão dos três Centros de saúde. Ninguém vai perder a identidade e a questão do Centro de Saúde de Vila Viçosa poder evoluir e está pensado e projectado não para este ano mas para o ano que vem a construção do novo Centro de Saúde, isso é um dado adquirido.
RC – Podemos confirmar que em 2007 vila Viçosa arranca com o novo Centro de Saúde?
M – Exacto, e ainda este ano vão ter uma série de serviços, ou melhoria da qualidade de serviços. Há uma que nós já introduzimos foi a terapêutica da anti - coagulação oral por via on line que neste momento todos os doentes de Vila Viçosa deixam de se deslocar ao hospital e fazem no seu próprio Centro de Saúde o controlo e vamos ter ainda este ano, no segundo semestre, todo o Centro de Saúde informatizado com consultas e receituário por computador.
RC – Dr. já que tocou na questão da gestão unificada, depois com esse agrupamento desses três Centros de Saúde, será esse o motivo que levou o actual director do Centro Saúde Dr.º José Charrua a pedir a demissão, ele diz na sua carta, enviada aos funcionários, “tenho verificado que uma parte dos meus superiores hierárquicos não me tem prestado a devida solidariedade institucional em sucessivas situações”. Dr. quer comentar sobre esta questão se for possível?
M – Ele depende fundamentalmente da sub-região, directamente, e depois por última instância da região. Em relação á sub-região o que lhe posso afirmar é que tudo as necessidades do Centro de Saúde postas á sub-região foram sempre resolvidas portanto não há nenhuma conflitualidade directa ou indirecta entre o Dr. Charrua e a sub-região. Eu penso que terá problemas adquiridos na gestão anterior e até da questão da feira da saúde que lhe traz um certo conflito com o presidente da câmara, actualmente existente, mas que não tem nada a ver com a saúde ele está a utilizar termos e situações de conflitualidade que não tem a ver com a saúde. A saúde nunca lhe pôs obstáculos, nunca lhe criou situações que inviabilizassem o trabalho no Centro de Saúde. O Centro de Saúde tem tido tudo o que é necessário neste momento e possível para as suas funções. É evidente que ao haver a criação e que já foi proposta á mais de um mês, de uma área conjunta é evidente que isso imporia a probalidade de criar um gestor diferenciado e que provavelmente ele não seria o gestor indicado.
RC – Portanto é mais uma questão política, Dr.?
M – Eu penso que sim, que ele se agarrou a uma questão política, para fazer uma justificação de uma situação. Penso que quando se trabalha em saúde, a política, deve ficar para traz, os interesses da população e dos utentes estão sempre á frente das nossas actividades, primeiro os utentes e depois fica o resto, não é. Porque quando se trabalha em saúde é evidente que temos temos uma atitude política quando agente faz um projecto que o governo manda, ou que o Sr Ministro manda estamos a ter uma atitude política agora não podemos ser apolíticos dentro da área da saúde.
RC – Dr para terminarmos a sua intervenção, eu não sei se querem colocar alguma questão, mas sobre o projecto que foi lançado na sexta-feira apresentado pelo governo do Eng. José Sócrates na área da saúde, prevê-se que até 2016 os concelhos alentejanos possam vir a ser integrados neste projecto de apoio aos acamados?
M – Já começámos, este ano vão começar três unidades. É assim, nós temos que aproveitar aquilo que temos, nós fomos os primeiros a trabalhar com os cuidados continuados, criando quatro unidades de internamento, apoio domiciliário integrado, que Vila Viçosa tem e muito bem em parceria com a Misericórdia, agora é evidente que temos dez anos para definir as necessidades de camas. Misturar até, porque não temos o número de efectivos, não temos as pessoas que têm necessidade de apoio continuo. Toda esta área que neste momento vamos aproveitar já ás três instituições que estão mais avançadas para o ano e anos seguintes vai ser reestruturado todo o distrito de Évora criando condições para que em todo o lado se defina áreas que são muito diferentes, uma de convalescentes que ficará no hospital de Évora, como é evidente, porque depende do serviço do hospital, mas as de média duração terão que ter fisioterapia para recuperar e as de longa duração e até mesmo os cuidados paliativos, que é muito importante, que nós andamos já a formar pessoas para tratar os doentes em estado terminal, que tem que ter uma certa dignidade nos últimos dias de vida e portanto, está a ser tudo reestruturado e quer Vila Viçosa, quer Borba, quer Estremoz, vão ter as suas unidades diferenciadas, agora tudo depende do estudo que vai ser feito, qual delas é que será a mais indicada para Vila Viçosa.
RC – Sr Dr. muito obrigado pela sua intervenção, no entanto eu deixava ao Francisco Chagas e ao Geraldo Gazimba ou Luís Calado alguma questão que queiram colocar ao Dr. Martinho.
FC – Da minha parte quero agradecer ao Dr. Martinho, essencialmente a questão que ele abordou da construção da nova unidade do Centro de Saúde, é deveras bastante importante e agradecer-lhe a sua participação. Muito obrigado.
Geraldo Simão – Eu também queria agradecer ao Dr. Martinho a disponibilidade que teve, mas também aproveitava para lhe fazer uma pergunta que é a seguinte: como sabe no Centro de Saúde de Borba não há serviço de atendimento permanente, os doentes são encaminhados para o Centro de Saúde de Estremoz, os médicos do Centro de Saúde Borba fazem o horário sap e do Centro de Saúde de Estremoz, com o agrupamento dos centros de saúde, Vila Viçosa poderá mais tarde vir a perder o se sap a favor do Centro de Saúde de Estremoz?
M – Não, não vamos fechar sap’s nenhuns, vamos reorganizar como está definido na lei, os sap’s vão deixar de chamar sap’s e vamos ter uma actividade diferente, vamos ter consultas abertas durante o dia e provavelmente, até uma determinada hora que eu considero que é muito importante, que é chamada a hora pós laboral. A maior parte das pessoas, quer homens, quer mulheres trabalha e quando saem do emprego é que têm mais necessidade de apoio para quando chegarem a casa e encontrarem a família, os filhos, os avó, os pais doentes têm uma necessidade de apoio maior e portanto terá que haver um atendimento fora dessas horas. Os sap’s com o nome que existe, não fazem parte da lei do serviço de urgência mas os Centros de Saúde vão ter que estar abertos e manter aquilo que vocês hoje chamam sap’s, chama-se uma consulta aberta, de maneira que todos os doentes possam ser atendidos e aquilo que nós estamos a reestruturar e organizar os serviços em que as respostas sejam dadas não ao fim do mês como ás vezes se consegue as consultas, mas que haja resposta no máximo nas quarenta e oito horas, ou seja, um doente apresenta-se a um local para ser atendido e tem que ter uma resposta rápida e não pode estar á espera de um mês pela consulta.
RC – Pronto, Sr Dr. muito obrigado. Foi assim as palavras do Dr. Martinho da sub - coordenação da região de saúde quem esclareceu este encerramento, que afinal não se vai dar, do Centro de Saúde em Vila Viçosa ao contrário do que vinha escrito no comunicado.
RC – Dr. Francisco Chagas, satisfeito certamente com esta noticia?
FC – Claro, satisfeitíssimo mas há aqui um pormenor que eu tenho que realçar: ouvimos da boca de uma pessoa com responsabilidade da ARS, mas é preciso que as pessoas fiquem cientes do seguinte vamos ter como referido, para o ano seguinte uma estrutura nova, mas vou fazer uma afirmação, que talvez muita gente não vai gostar, mas esta afirmação que eu vou fazer vai prender-se com uma questão política: que é a falta de vontade política deste executivo na intenção da construção desse centro de saúde, ora quando eu digo isto, vou aqui fazer uma ressalva, que todas as minhas afirmações são baseadas em dados concretos, em números ou em afirmações transcritas ou escritas em documentos, quando eu falo nisto verifico o seguinte ... sei pelo menos que o dono da obra poderá ser a autarquia, não significa que o projecto seja da responsabilidade da autarquia, não significa que o equipamento seja fornecido pela autarquia, mas o dono da obra poderá ser a autarquia, aparece a autarquia na sua execução e comparticipado pela ARS na sua totalidade, significa a cem por cento. Quando eu fiz esta afirmação não foi por mero acaso e verificamos o seguinte: não pode ser visível, mas pode ser lido nos documentos da nossa autarquia, existe o chamado grandes opções do plano o qual faz parte o plano plurianual de investimento que tem diversos objectivos, um dos objectivos é o dois, dois, que é relacionado com a saúde onde esse objectivo pode prever diversas construções como sendo por exemplo um centro de saúde, um centro de acamados, extensões do centro de saúde, etc., o que nós verificamos nas grandes opções do plano, nomeadamente no ppi – plano plurianual de investimento deste executivo para o ano 2006 é que não há lá rigorosamente nada, relacionado com a construção do centro de saúde. Ainda bem que ouvimos estas palavras, haverá outra metodologia na construção do centro de saúde, mas aqui, volto a referir não há intenção absolutamente nenhuma em relação ás grandes opções do plano nomeadamente no plano plurianual de investimento deste executivo, nem para este ano nem para os quatro anos seguintes a construção do centro de saúde...aproveitaria para pedir se for ripostada esta afirmação que seja com dados concretos, por vezes as pessoas falam só por falarem, e mais adiante terei ocasião de apresentar situações que aqui foram faladas aos microfones da rádio campanário que não coincidem com a verdade ... há necessidade de verificar que quem está a perder com esta situação são os munícipes do concelho de Vila Viçosa, verifica-se efectivamente uma incompatibilidade do ex – director do Centro de Saúde de Vila Viçosa com o poder local na estratégia de linha de acção quanto á saúde no concelho de vila viçosa...
CENTRO DE SAÚDE DE VILA VIÇOSA VAI SER REALIDADE EM 2007 ...
1 Comments:
At quinta-feira, janeiro 31, 2008 9:26:00 da tarde, Anónimo said…
Mais uma mentira. A juntar a tantas já nem se dá conta.
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