Partido Socialista de Vila Viçosa

terça-feira, agosto 07, 2007

UM NOVO CONCEITO DE BIBLIOTECA PUBLICA MUNICIPAL

BIBLIOTECAS PÚBLICAS MUNICIPAIS: um novo conceito de biblioteca

As Bibliotecas Públicas Municipais possuem em comum o facto de estarem inseridas na Rede Nacional de Bibliotecas de Leitura Pública, fruto de protocolos relativamente recentes, estabelecidos entre a Administração Central (através do IPLB - Instituto Português do Livro e das Bibliotecas) e a Administração Local.

Uma das suas características mais salientes prende-se com o cuidado empregue na configuração arquitectónica dos edifícios que lhes servem de suporte, quer no que diz respeito à recuperação de imóveis antigos, quer no que concerne à construção de novos espaços.

Tendencialmente, estas bibliotecas estão situadas no centro da cidade, ou em áreas onde se perspectiva uma nova expansão da malha urbana, num local de fácil acesso e, eventualmente, em relação estreita com outros equipamentos culturais de grande visibilidade. São concebidas para funcionar como um convite irrecusável ao transeunte: sobriedade nas cores e materiais, a sugerir transparência (vidro, mármore), profusamente iluminadas, com átrios ou escadarias amplos e acolhedores e elementos onde figuram referências óbvias à cultura e ao livro. Por outro lado, o próprio interior é pensado de forma a que a sua organização e decoração seja um prolongamento do projecto subjacente ao funcionamento da instituição.

De forma sintética, e correndo-se o risco de algum reducionismo, poderíamos resumir nos seguintes eixos o novo modelo de biblioteca:

Polivalência, assente, antes de mais, na multiplicação de espaços de diferentes funções e por vezes com públicos específicos (auditório, bar, sector audiovisual; espaço infantil, espaço para adultos, centro de recursos pedagógicos, etc.);

Divulgação e Animação Cultural, assumindo o seu papel de mediação e de aproximação a públicos alargados, mediante a proliferação de iniciativas, directa ou indirectamente relacionadas com o livro (leitura dramatizada, debates e conferências com escritores; feiras do livro, comemoração de datas simbólicas, etc.);

• Estratégias de Democratização Cultural baseadas no princípio de que a lógica prioritária é a de servir os interesse das pessoas e não o das instituições ou dos objectos, com reflexos no regime de livre acesso a qualquer publicação ou documento, na multiplicação de serviços e, ainda, na diversidade de géneros literários e de suportes, do livro ao jornal, passando pela revista;

• Aposta Forte no Marketing e na Sedução, através do estabelecimento de cumplicidades com os utentes ou de "surpresas" que subvertem o quotidiano;

• Estabelecimento de Redes de Contactos e Parcerias de forma a estimular o intercâmbio e a abertura ao exterior, possibilitando a circulação de informação e a co - organização de iniciativas;

Promoção da Inclusão Social, com especial atenção às populações desfavorecidas ou debilitadas, como é o caso de certas franjas de idosos, desempregados, populações prisionais e minorias étnicas;

• Espaços de Liberdade, porque se destinam a todos, apenas com o mínimo de restrições, que se assumem como centros culturais e, cada vez, mais como novos e verdadeiros "corações" culturais das vilas e cidades.

As Bibliotecas Públicas são, hoje, um dos equipamentos culturais mais estruturantes da vida dos municípios. Actualmente, falar de bibliotecas é falar do campo de batalha onde se trava o combate pelo enraizamento dos hábitos de leitura. As Bibliotecas Públicas Municipais já inauguradas, quer no interior, quer no litoral do país, assumem-se como verdadeiros centros culturais devido à polivalência dos espaços e à atracção que os serviços oferecidos exercem sobre os cidadãos - afectam, melhorando, a qualidade de vida das pessoas.


A Biblioteca Pública afirma-se, hoje em dia, como Centro de Informação, Educação, Cultura e Lazer, subscrevendo a missão proposta pelo Manifesto da UNESCO sobre Bibliotecas Públicas.

ENTRE A CÂMARA MUNICIPAL DE PORTALEGRE E O IPLB RENASCE A BIBLIOTECA MUNICIPAL DE PORTALEGRE

Da cooperação entre a Câmara Municipal de Portalegre e o IPLB (Instituto Português do Livro e das Bibliotecas / Ministério da Cultura), renasce a Biblioteca Municipal de Portalegre.


Toda a concepção e projecto de construção contemplam, também uma organização espacial estruturada, considerando a sua tipologia base (BM2) desenvolve-se na adaptação de um edifício já existente, mas cujo interesse patrimonial é manifesto.


Instalada no antigo Convento de St.ª Clara, adaptado à sua nova função, a Biblioteca Municipal de Portalegre, insere-se num novo conceito de Bibliotecas, constituindo-se como um espaço de comunicação e informação. A arquitectura interior acompanha a adequação do espaço à polivalência de funções sócio - culturais, consignadas nos princípios da Rede Nacional de Leitura Pública (DL n.º 111/87 de 11 de Março).


Pretende ser um local acolhedor, onde todos têm lugar, espaço de Desenvolvimento e Liberdade, que respeita os gostos de cada um e da comunidade em geral, …


BIBLIOTECA FLORBELA ESPANCA INAUGURADA EM MATOSINHOS

O edifício, que se situa nas traseiras da Câmara Municipal de Matosinhos, acolhe a Biblioteca, o Arquivo e a Galeria municipais. Florbela Espanca foi o nome escolhido para "apadrinhar" o espaço, já que foi em Matosinhos que a poetisa passou os seus últimos anos de vida.

O edifício conta com dois blocos interligados: num concentram-se a Biblioteca e o Arquivo, no outro situa-se a Galeria, cuja programação já está assegurada pelo Museu de Arte Contemporânea de Serralves.

Notas Bibliográficas:
CM Cascais
Biblioteca Municipal de Portalegre
CM Matosinhos
BICA
José Alberto Xerez