Partido Socialista de Vila Viçosa

domingo, abril 26, 2009

Autárquicas 2009


sábado, abril 25, 2009

INTERVENÇÃO DE ANABELA CONSOLADO NAS COMEMORAÇÕES DA DATA 25 DE ABRIL

"Há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou! Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. (…)"

Foi desta forma que o Capitão Salgueiro Maia, na madrugada de 25 de Abril de 1974 na parada da Escola Prática de Cavalaria em Santarém, se dirigiu aos 240 homens que formaram de imediato à sua frente para depois seguirem rumo a Lisboa para marchar sobre a ditadura.
Há, de facto, pequenos parágrafos que mudam para sempre o rumo da história de uma nação, onde se distinguem claramente os homens e as mulheres de coragem, que teimam em lutar contra o imobilismo ideológico, a falta de liberdade e a ausência de vontade própria.

Este viria a ser o dia que restituiria a Portugal a dignidade de um povo livre e com uma forma própria de exprimir a sua vontade política, cultural e ideológica.

Após décadas de medos, de perseguições, de injustiças, de discriminação e de repressão, garantiu-se a realização de eleições livres pluripartidárias, bem como a participação activa dos cidadãos na formação dos órgãos políticos e das instituições que governam o nosso pais e as nossas populações.
Hoje, 35 anos volvidos, temos um Portugal livre e democrático que, como disse John Fitzgerald Kennedy, “(..) é a forma superior de governar, porque se baseia no respeito do Homem como ser racional”.
Assim sendo a liberdade e a democracia não são per si a solução dos problemas da sociedade. Consideramos, outrossim, que se tratam de instrumentos basilares para que os próprios cidadãos transformem e actuem no sistema onde estão inseridos, traçando os rumos do seu próprio destino e aproximando-se tendencialmente do dinamismo inerente às soluções mais desejadas.
Nesta senda, a liberdade baseia-se na vontade própria dos cidadãos e na forma de propor, transmitir, lutar pelos valores em que acreditam, denunciar os abusos, os esquecimentos, os desvios; participar na mudança, na alternativa, na modernização, na inovação, na diferença, primando pelo rigor e transparência ideológica.
Vivemos em democracia podendo escrever os nossos próprios anseios, criticando aquilo que entendemos e exigindo, cada vez mais, tudo aquilo a que temos direito como cidadãos atentos e preocupados.
É certo que vivemos actualmente momentos de uma forte conturbação económica e financeira que assola todo o mundo de forma directa a que não escapa o país, a região e o próprio concelho, mas nem por isso nos devemos resignar a viver deprimidos apresentando sem cessar o queixume próprio daqueles que se imobilizam perante as dificuldades.
Não … Não deixemos que a burocracia vença o entusiasmo e a inércia vença a dinâmica. … Perante as dificuldades da escalada do desemprego, da economia, do desânimo, devemos antes ter uma atitude pró-activa e lutar, ainda com mais afinco, tal como aqueles que lutaram há 35 anos atrás, é esse dever que nos confere a liberdade e a democracia conquistada, na certeza de que se o Presente é hoje, o Futuro é já amanhã. E para que possamos encarar o amanhã com esperança e optimismo cabe-nos preparar os desafios que o Futuro nos trará:
- Ao conformismo e estagnação económica de determinadas actividades, responderemos activamente com uma verdadeira Revitalização e Rejuvenescimento dessas mesmas Actividades Económicas, de importância decisiva para a identidade do nosso Concelho.
- Ao atraso tecnológico responderemos com a modernização técnica e formação profissional.
- À concentração e uniformização das actividades responderemos com uma maior diversificação da base económica local ampliando o tecido empresarial e uma especialização produtiva, aproveitando potenciais vantagens de sinergias inter-concelhias.
Não esperemos comodamente nos gabinetes que as soluções apareçam na nossa frente como que por magia, não foi essa a herança que nos deixaram os que fizeram a Revolução dos Cravos. Por respeito aqueles que construíram Abril vamos ser dinâmicos e sem qualquer assombro de intimidação lançarmo-nos na busca incessante da resolução eficaz dos problemas concretos que nos devastam.
É aqui que os Órgãos Autárquicos, eleitos democraticamente, porque homens como Salgueiro Maia criaram as raízes da liberdade, deverão ser os grandes promotores do exemplo de como a sociedade se deve posicionar nos diversos campos da vida social, cultural e económica, principalmente nesta altura de crise. Cabe-nos a nós, idealizar e construir formas de encontrar caminhos que acabem com a injustiça social, com a falta de emprego e com a falência de empresas.
Vencer estes desafios exige certamente novas leis, novas regras e sobretudo novas formas de estar na sociedade civil, uma nova atitude política e um novo modelo de desenvolvimento.
É com esta atitude de confiança que comemoramos este dia, agradecendo empenhadamente a todos os que fizeram renascer a liberdade, e garantindo que é com o mesmo empenho que encaramos o desenvolvimento concelhio de modo a garantir a construção de um amanhã cheio da esperança, onde a herança democrática por nós recebida será perpetuada no futuro.
Viva o 25 de Abril. Viva Portugal.

quinta-feira, abril 16, 2009

Terrorismo político

Porque me parece existir no nosso Concelho de Vila Viçosa um fenómeno que tenta ultrapassar os limites dos ideais do bom senso politico, ouvi e li um texto que vos peço uma leitura atenta e compreensível.

Vamos pensar o texto e retirar do seu conteúdo tudo o que de útil tem.

Francisco Costa - Terrorismo político

14 de Abril de 2009

Num ano de eleições onde a maioria dos comportamentos políticos aponta para a conquista ou reconquista do poder, temos tido mais ruído que compreensibilidade, apesar dos tempos aconselharem prudência e serenidade. Á habitual insinuação e calúnia, que serve de arma de combate na política mas que não deixa nem o agressor nem a vítima incólume (os brasileiros usam uma expressão muito apropriada que é a de jogar porcaria para cima da ventoinha), somamos o bota - abaixismo, o sectarismo e a cegueira política que habitualmente impede que se reconheça no opositor qualquer característica positiva ou capacidade de execução.

Chega a parecer que estes comportamentos negativos resumem o contributo que muitos têm para dar à democracia. Nada o impede e existe liberdade para que seja uma forma de estar na sociedade (apesar de haver quem defenda livremente que essa liberdade não existe), mas mina-a. E pouco se pode fazer quando a atitude se generaliza independentemente do atingido. Há pouco tempo vi um filme em que, a determinada altura, é contada a história que tentarei reproduzir: uma mulher caluniou alguém, contando uma mentira a algumas pessoas. Essa mentira multiplicou-se pela quantidade de vezes que esse pequeno grupo de pessoas a repetiu a outros grupos de pessoas. Muito rapidamente a mentira passou a facto que todos já conheciam. O visado ficou com a sua reputação arruinada. Perante o impacto da mentira a mulher que a lançou ficou consternada. O peso na consciência levou-a a contar a verdade a um padre e a pedir alívio. O padre pediu-lhe então que subisse ao telhado da sua casa, rasgasse uma almofada de penas e as soltasse ao vento. Foi o que fez. Voltou ao padre e contou-lhe que tinha feito o que lhe havia sido sugerido, espalhando milhares de penas pelo céu da sua rua. Mas acrescentou não ter sentido alívio nem compreendido de que forma o acto podia apagar o erro cometido. O padre pediu-lhe então que voltasse à rua e recolhesse todas as penas que a mulher havia espalhado pelo vento. A mulher respondeu-lhe aflitivamente que isso era absolutamente impossível de conseguir. O padre disse-lhe então que cada uma das minúsculas penas representava cada uma das pessoas a quem a mentira havia sido transmitida. Recolher todas as penas era tão impossível quanto apagar o efeito da mentira que se generalizou. Eis o efeito da calúnia. Essa tão útil e fácil destruidora de reputações. Se não consegues destruir uma ideia destrói o homem que a teve. Assim e não sendo possível impedir que as penas se espalhem pelo vento ou que alguém se arrependa do mal feito importa manter o rumo que foi traçado e que se continue a defender o mais importante, a verdade da ideia. É assim que se combate o terrorismo político.

quarta-feira, abril 15, 2009

Diário do Sul 09/04/07

terça-feira, abril 14, 2009

FESTAS DOS CAPUCHOS